Produzida e executada em 2019 para o Festival Verbo Gentileza de Belo Horizonte, a instalação Câmbio visou estabelecer novas conexões interpessoais por meio da interação entre objeto e usuários. Considerando o princípio que as relações construídas e experimentadas por diferentes pessoas, em especial no espaço público, são fundamentais para a transformação coletiva,  Câmbio articula o âmbito lúdico popular do telefone sem fio às possibilidades de encontros inusitados nesse cenário.

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A intervenção consiste num conjunto de segmentos de tubos de PVC e segue a mesma lógica contextual da referida brincadeira: um receptor de um lado - o ouvinte -, um emissor do outro - o falante -  e um meio condutor do som desde a abertura de entrada até a de saída. A fim de tornar a experiência mais complexa e completa, um emaranhado central onde os tubos estão arranjados de modo a dificultar o reconhecimento do percurso total de um tubo pelo usuário, propicia  a troca acidental com o desconhecido. Além disso, a disposição circular foge da obviedade de pares dispostos de lados contrários, proporciona o compartilhamento do momento conjunto em qualquer ponto e possibilita a comunicação cruzada, em que mais de duas pessoas se comunicam diretamente